Terça-feira, 1 de Outubro de 2024
XXVI Semana do Tempo Comum – Ano B
Santa Teresa do Menino Jesus, Virgem e Doutora da Igreja
Gb 3, 1-3.11-17.20-23; Sl 87; Lc 9, 51-56
Hoje, começa o Mês Missionário, que culminará no Dia Mundial das Missões. Desde há muitos anos, a “missão” é uma das principais preocupações da Igreja, dos papas e dos bispos, de muitos movimentos... A boa vontade está presente em muitos. Então porque é que se faz tão pouco?
Talvez nos falte um pouco a determinação e a firmeza de Jesus para cumprir a Sua missão, de que ouvimos falar no Evangelho de hoje: “Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo,
Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém.” E prosseguiu a viagem com tenacidade, mas também com paciência para com aqueles que não compreendiam ou não partilhavam a Sua missão, bem como para com os aldeões samaritanos que se recusavam a aceitá-l’O. Ensinou assim aos Seus discípulos a nova mentalidade, a nova visão, as “coisas novas” no cumprimento da missão de Deus.
O Papa Francisco, na Evangelii Gaudium, 22, diz que tudo na Igreja deve ser missionário. E nós? Continuamos com muitas estruturas mortas, comportamo-nos como até aqui, apesar de vermos que muitas coisas estão a morrer. Quanta energia investimos nas nossas paróquias e comunidades em coisas que não têm força missionária? Coisas que eram boas e fecundas há 50 ou 30 anos, já não o são hoje. Uma Igreja missionária deve também ter a coragem de deixar morrer as coisas que estão a morrer e ousar experimentar algo novo. Recordemos o que Jesus disse a quem O queria seguir no episódio evangélico imediatamente a seguir ao de hoje: “Deixa que os mortos sepultem os seus mortos!” (cf. Lc 9, 60).
Não é por acaso que o Mês Missionário de Outubro começa com a Festa de Santa Teresa de Lisieux, que quis seguir Jesus radicalmente quando era jovem e o fez por causa do grande amor que sentia por Ele até à sua morte prematura. Para nós, não é por acaso que Outubro não é apenas o mês da Missão Mundial, mas também o mês do Santo Rosário. De facto, para aceitarmos o convite de Nosso Senhor a uma entrega radical a Ele e à Sua missão, precisamos da oração e da intercessão da mulher que disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Coloco-me inteiramente à disposição da missão de Deus para a humanidade.”
Comentários