Segunda-feira,
7 de Outubro de 2024
XXVII Semana
do Tempo Comum – Ano B
Memória da
Bem-Aventurada Virgem do Rosário
Act 1, 12-14; Lc 1, 46-55; Lc
1, 26-38
Outubro é o
mês da missão no mundo. E é o mês do santo Rosário. Originalmente, o Rosário
era uma oração meditativa inventada nos mosteiros para contemplar a vida de
Jesus. Sendo uma oração muito simples, em que apenas se repetem as orações
básicas “Pai Nosso”, “Avé Maria” e “Glória ao Pai”, depressa se tornou muito
popular entre os Irmãos leigos. Depois, os Dominicanos difundiram a oração do Terço
também entre os fiéis comuns. O cordão de oração que logo surgiu é uma ajuda e
um lembrete para rezar regularmente.
É uma
coincidência que o tema “Rosário” e “Missão no Mundo” coincidam em Outubro.
Missão não é colonização; missão não é a expansão imperial de uma ideologia
religiosa que se sente superior a outras. A missão é o convite humilde a
abrirmo-nos a Deus, que nos quer redimir e curar. Maria abre-se a este convite,
que o Anjo Gabriel lhe dirige: “Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a
Tua palavra” (Lc 1, 38).
Em 1822, a
Beata Paulina Maria Jaricot (1799-1862) fundou uma associação chamada “Obra da
Propagação da Fé”. Ela queria promover a oração e recolher donativos para as
missões. Em 1826, fundou o “Rosário Vivo” e, até ao fim da sua vida, reuniu
mais de dois milhões de franceses que rezavam diariamente uma dezena do Terço pelas
missões de todo o mundo. A obra da Beata Paulina Maria Jaricot foi elevada a
“Pontifícia” pelo Papa Pio XI em 1922. É surpreendente que as Obras do Papa
para as missões do mundo não tenham tido origem numa estratégia do Vaticano,
mas na iniciativa de oração de uma jovem mulher, uma leiga!
Se queremos
ajudar as missões no mundo, então temos de rezar! Sem oração não há missão,
porque o Espírito Santo é – como repete o Papa Francisco – o motor da missão.
Também a nossa oração do Terço se torna “cintilante” quando a recitamos com
espírito missionário, quer pelos muitos que ainda não conhecem Cristo, quer por
nós na Europa, especialmente os jovens, para que reconheçam o sentido último e
a razão da sua vida naquele Deus a quem Maria declara: “Faça-se em mim segundo
a Tua palavra” (Lc 1, 38).
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