Partilhamos mais novidades enviadas por D. Manuel Felício, Bispo Emérito da Guarda, à Liga dos Servos de Jesus.
No sábado passado, decorreu, nas
instalações do Centro de Espiritualidade D. João de Oliveira Matos, um encontro
da Vigararia a que pertence a Paróquia da Quilenda.
Estiveram presentes 15 sacerdotes e 10 Religiosas das 3 comunidades religiosas
sediadas nas Paróquias da Vigararia.
Os trabalhos decorreram no auditório deste
Centro de Espiritualidade, também inicialmente pensado para refeitório, para
onde foram deslocadas cadeiras e mesas da Escola Primária D. João de Oliveira
Matos. Houve um tema de reflexão que ocupou toda a manhã, a qual encerrou com
celebração da Eucaristia, na Igreja Paroquial.
O almoço, preparado na cozinha das mesmas instalações do Centro de
Espiritualidade, foi servido ao ar livre, na esplanada deste Centro. E foi uma
refeição de festa, em que se assinalaram os aniversários dos sacerdotes e das
religiosas cumpridos desde o início do ano pastoral até ao momento.
O convívio prolongou-se durante toda
tarde, dando colorido e alegria à esplanada.
25.5.2025
+Manuel da Rocha Felício
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Decreto Ad Gentes, do Concílio Vaticano II
(continuação)
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS DOUTRINAIS
Desígnio do Pai
2. A Igreja peregrina é, por
sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de
Deus Pai, na «missão» do Filho e do Espírito Santo (6).
Este desígnio brota do «amor
fontal», isto é, da caridade de Deus Pai, que, sendo o Princípio sem Princípio
de quem é gerado o Filho e de quem procede o Espírito Santo pelo Filho, quis
derramar e não cessa de derramar ainda a bondade divina, criando-nos livremente
pela sua extraordinária e misericordiosa benignidade, e depois chamando-nos
gratuitamente a partilhar da sua própria vida e glória. Quis ser, assim, não só
criador de todas as coisas mas também «tudo em todas as coisas» (1 Cor. 15,28),
conseguindo simultâneamente a sua glória e a nossa felicidade. Aprouve, porém,
a Deus chamar os homens a esta participação na sua vida, não só de modo
individual e sem qualquer solidariedade mútua, mas constituindo-os num Povo em
que os seus filhos, que estavam dispersos, se congregassem em unidade (7).
Missão do Filho
3. Este desígnio universal de
Deus para a salvação do género humano realiza-se não sòmente dum modo quase
secreto na mente humana, ou por esforços, ainda que religiosos, pelos quais os
homens de mil maneiras buscam. a Deus a ver se conseguem chegar até Ele ou
encontrá-l'O, embora Ele não esteja longe de cada um de nós (cfr. Act. 17, 27);
com efeito, estes esforços precisam de ser iluminados e purificados, embora,
por benigna determinação da providência de Deus, possam algumas vezes ser
considerados como pedagogia ou preparação evangélica para o Deus verdadeiro
(8). Para estabelecer a paz ou a comunhão com Ele e uma sociedade fraterna
entre os homens, apesar de pecadores, Deus determinou entrar de modo novo e
definitivo na história dos homens, enviando o seu Filho na nossa carne para,
por Ele, arrancar os homens ao poder das trevas e de satanás (9) e n'Ele
reconciliar o mundo consigo (10). Constituiu, portanto, herdeiro de todas as
coisas Aquele por quem fizera tudo(11), para n'Ele tudo restaurar (12).
Cristo Jesus, de facto, foi
enviado ao mundo como verdadeiro mediador entre Deus e os homens. Como é Deus,
n'Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Col. 2,9); e sendo o
novo Adão pela sua natureza humana, é constituído cabeça da humanidade
renovada, cheio de graça e de verdade (Jo. l,14). Assim, o Filho de Deus, pelo
caminho duma verdadeira Incarnação, veio para fazer os homens participantes da
sua natureza divina e, sendo rico, fez-se por nós necessitado para que nos
tornássemos ricos da sua pobreza (13). O Filho do Homem não veio para que o
servissem, mas para ser ele a servir e para dar até a sua vida em redenção por
muitos, isto é, por todos (14). Os santos Padres constantemente proclamam nada
estar remido que não tivesse sido primeiro assumido por Cristo (15). Ora ele
assumiu por inteiro a natureza humana tal qual ela existe em nós, pobres e
miseráveis, rejeitando dela apenas o pecado (16). De si mesmo disse Cristo, a
quem o Pai santificou e enviou ao mundo (cfr. Jo. 10,36): «O Espírito do Senhor
está sobre mim; por isso me ungiu e me enviou a anunciar a boa nova aos pobres,
a sarar os contritos de coração, a proclamar a libertação dos cativos e a
restituir a vista aos cegos» (Lc. 4,18). E outra vez: «Veio o Filho do Homem
para buscar e salvar o que estava perdido» (Lc. 19,10).
Aquilo que uma vez foi pregado
pelo Senhor ou aquilo que n'Ele se operou para salvação do género humano, deve
ser proclamado e espalhado até aos confins da terra (17), começando por
Jerusalém (18), de modo que tudo quanto foi feito uma vez por todas, pela
salvação dos homens, alcance o seu efeito em todos, no decurso dos tempos.
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