Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024
XXVII Semana do Tempo Comum – Ano B
Memória facultativa de S. Daniel Comboni, Bispo e fundador
Gal 3, 1-5; Lc 1, 69-75; Lc 11, 5-13
Há dezenas de passagens do Evangelho em que Jesus promove intensamente a oração de petição. Hoje, Jesus motiva-nos não só a rezar com insistência, mas também a não ter medo de incomodar Deus com as nossas petições.
A lição que Jesus nos ensina hoje foi precedida de um episódio: os Seus discípulos pediram-Lhe que os ensinasse a rezar. Jesus ensina-lhes uma oração, uma oração de petição: o Pai Nosso consiste apenas em pedir. Jesus não lhes ensina o louvor, a acção de graças, a adoração... Sem dúvida que quer que nós façamos o mesmo, porque Ele próprio pratica todas as formas de oração. Mas ensina-lhes sobretudo a fazer grandes súplicas a Deus! E garante-nos com firmeza que seremos ouvidos. É por isso que a Igreja ensina também que todas as nossas orações serão atendidas! Naturalmente, sempre de acordo com a vontade de Deus, porque só Ele sabe o que é melhor para nós.
Para Ele, é importante que a nossa oração seja “persistente”. Atenção: quando pedimos a Deus, não devemos esperar que Ele seja uma máquina de venda automática de refrigerantes, na qual eu insiro as minhas orações como se fosse uma moeda de dois euros e a lata de Coca-Cola ou outra bebida sai imediatamente... Perseverança significa que tenho de me envolver numa espécie de luta com Deus, em quem tenho de depositar toda a minha confiança. Isto requer tempo, paciência, perseverança, até mesmo teimosia.
Houve uma mulher no passado que rezava persistentemente e era também uma “missionária”. A “missão” de Santa Mónica era levar o seu filho Agostinho a Cristo. Rezou e sofreu por ele durante muitos anos. Podemos modificar a resposta que um sacerdote lhe deu: “Vai em paz, um filho de muitas lágrimas não se perde!”: “Uma pessoa por quem se reza muito não se perde.”
Jesus quer motivar-nos a rezar tanto que nos exorta mesmo a incomodar Deus, a sermos insistentes! Isto significa que nunca é demais pedir, nunca é demais rezar! Isto é particularmente importante para a missão no mundo, porque muitas vezes excluímos as pessoas. Corremos o risco de nos resignarmos simplesmente ao facto de que tantas pessoas neste planeta ainda não conhecem Cristo e que tantas pessoas baptizadas vivem como pagãs. Não, esta resignação não é cristã. Voltemos a bater à porta de Deus, nosso Pai que está nos céus, e peçamos-Lhe encarecidamente que todas as pessoas possam experimenta
r a salvação.
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