Segunda-feira, 6 de Outubro de 2025[1]
XXVII Semana do Tempo Comum – Ano Ímpar (I)
Jn 1, 1–2,1.11; Jn 2, 3-5.8; Lc 10, 25-37
O Livro de
Jonas, no Antigo Testamento, tal como a Parábola do Bom Samaritano, contam
histórias que nos ensinam coisas interessantes. Não é importante saber que tipo
de peixe engoliu Jonas, ou se tal coisa é possível, tal como não precisamos de
nos preocupar em saber o nome do samaritano que parou na estrada para ajudar a
pessoa em dificuldade. O sentido das duas histórias é semelhante.
Os ninivitas
não eram judeus, como Jonas; não eram crentes. Jonas tinha sido incumbido pelo
próprio Deus de pregar o arrependimento ao povo de Nínive. No entanto, Jonas
tentou fugir a essa missão, pois temia que o povo aceitasse a sua mensagem e
recebesse a misericórdia de Deus. A sua intenção era impedir que o povo se
arrependesse. Ele queria que Deus se limitasse aos judeus e, sobretudo, não
queria que Deus mostrasse qualquer favor aos ninivitas, que eram inimigos dos
judeus.
Jonas
representa a atitude dos judeus que não podiam suportar a ideia de Deus
favorecer os infiéis. Mais ainda: ele representa todos aqueles que têm
preconceitos contra os outros e querem restringir o acesso à religião a um
pequeno grupo de pessoas. No Evangelho de hoje, Jesus dá-nos o exemplo do
samaritano que se fez próximo do seu inimigo natural, um judeu, e o ajudou na
sua fragilidade.
A lição é muito
clara: Jesus quis mostrar que ninguém pode ser excluído do nosso amor. Como
peregrinos da esperança entre todos os povos, estamos todos em viagem de
Jerusalém para Jericó. Ao longo do caminho, fomos roubados da nossa amizade com
Deus por causa do pecado e acabámos na berma da estrada, despojados, espancados
e quase mortos. Foi Jesus que entrou na nossa vida com a Sua encarnação e
passou pelo nosso caminho na Sua própria viagem. Jesus viu-nos e respondeu às
nossas necessidades. Abraçou-nos, curou as nossas feridas e trouxe-nos para a
estalagem, a Igreja. Deu a Sua vida por nós, e não apenas as duas moedas de
prata de que fala a parábola. É isto que se entende quando afirmamos que Jesus
é o nosso Salvador, o nosso pessoal Bom Samaritano.
[1]
Os comentários de 6 a 10 de Outubro foram fornecidos pelo P. Isaac Ebo-Blay,
Director Nacional das OMP-Gana, a quem agradecemos.
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