Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025[1]
XXIX Semana do Tempo Comum – Ano
Ímpar (I)
Rm 4, 20-25; Lc
1, 69-75; Lc 12, 13-21
As leituras de hoje convidam-nos a reflectir sobre a importância da fé e
da confiança na providência de Deus. Na primeira leitura, tirada da Carta
aos Romanos, São Paulo diz-nos que Abraão, nosso pai na fé, não vacilou na
sua confiança na promessa de Deus, mesmo quando ela parecia impossível. Ele
acreditou e isso foi-lhe creditado como justiça. A fé de Abraão não se baseava
na sua força ou nos seus recursos, mas sim na sua confiança nas promessas de
Deus. Ele confiava que Deus cumpriria as suas promessas, mesmo quando isso
parecia impossível. E, por causa da sua fé, Abraão foi justificado e a sua fé
foi-lhe creditada como justiça.
No Evangelho, Jesus ensina-nos os perigos da ganância e do materialismo.
A um homem rico, que acumulou riquezas e bens, Deus diz que a sua vida lhe será
pedida nessa noite. Jesus adverte-nos de que a nossa vida não consiste na
abundância dos nossos bens; é por isso que chama a este homem insensato. Ele
era insensato porque, se fosse sábio, teria feito duas coisas:
1) Teria agradecido a Deus por tê-lo abençoado com tanta abundância. Em
vez de rezar a Deus, o homem rezou a si próprio. 2) Ter-se-ia apercebido de que
tinha sido abençoado para abençoar os outros. Teria tido em conta os outros no
seu projecto, mas foi ganancioso.
É interessante perguntar por que razão Jesus contou esta parábola a um
homem que tinha vindo pedir a sua intervenção num litígio sobre uma herança.
Jesus contou esta parábola para o tranquilizar: apesar de ter sido enganado, podia
viver uma vida muito longa e feliz. Entretanto, o irmão ganancioso é como o
homem rico, cuja terra rendeu abundantemente, mas se recusou a considerar os
outros no seu projecto de usufruto. Se Deus chamasse aquela noite o irmão
avarento, o que seria da herança que ele tinha acumulado?
Esta passagem do Evangelho
recorda-nos a transitoriedade da vida terrena. Podemos acumular riquezas e
bens, mas tudo é efémero, não dura. Não nos trarão a verdadeira felicidade nem
realização pessoal. Só Deus nos pode dar a verdadeira felicidade e realização
pessoal. Então, qual é o fundamento da nossa fé? Confiamos nas nossas forças e
nos nossos recursos ou confiamos na providência de Deus? Acumulamos tesouros na
terra ou procuramos acumular tesouros no céu?
[1]
Os comentários de 20 a 23 de Outubro foram fornecidos pelo P. Solomon Patrick
Zaku, Director Nacional das OMP-Nigéria, a quem agradecemos.
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