Sexta-feira, 24 de Outubro de 2025[1]
XXIX Semana do Tempo Comum – Ano Ímpar (I)
Rm 7, 18-25a; Sl 118; Lc
12, 54-59
Se alguém nos
perguntasse onde, com que sinais e de que modo o Senhor está presente entre
nós, provavelmente responderíamos imediatamente: na Palavra de Deus e na
Eucaristia. Isto é certamente verdade, mas não esqueçamos que Deus é o Deus do
tempo e da história. Ele está presente nos acontecimentos, nas pessoas, em tudo
o que nos rodeia todos os dias. Não é fácil reconhecer os sinais desta presença
divina; é certamente muito mais difícil do que prever o tempo. É preciso muita
humildade, abertura ao Espírito Santo e prudência. O discernimento da acção de
Deus na história e na realidade deve fazer-se sempre na oração, com a ajuda do
Espírito Santo e, sobretudo, na Igreja! A confirmação deve ser pedida ao
confessor, àqueles que nos acompanham na nossa vida espiritual, aos
superiores... Aqueles que querem decidir por si mesmos o que é ou não é de Deus
correm o risco de se tornarem escravos do seu próprio orgulho e de caírem na
armadilha daquele espírito que se opõe sempre a Deus.
Hoje é Sexta-feira,
o dia em que pensamos na paixão e morte de Jesus. Ali, na Cruz, teve lugar o
acontecimento mais importante para toda a humanidade e o maior acontecimento da
história do mundo: a redenção da humanidade. Para os cristãos, a Cruz é um
sinal evidente deste acontecimento. São Paulo hoje agradece ao Senhor Deus por
isso, porque sabe que sozinho não poderia fazer nada de bom. Naquela Sexta-feira,
quando o sol escureceu e as trevas envolveram a terra, poucas pessoas foram
capazes de interpretar esses sinais. O Senhor revela os segredos do Seu Reino
apenas às pessoas de coração simples, às que não complicam as coisas, que não se
defendem de Deus, mas que simplesmente O acolhem. Pedimos ao Senhor um coração
simples e humilde, que saiba reconhecer todos os dias os sinais da Sua presença.
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