Domingo, 5 de Outubro de 2025
XXVII Domingo do Tempo Comum – Ano C
Santa Faustina Kowalska, Apóstola da Misericórdia – MO
Hab 1, 2-3; 2, 2-4; Sl 94;
2 Tm 1, 6-8.13-14; Lc 17, 5-10
Fico muito
surpreendido com a confiança que os Apóstolos demonstram em Jesus em tantas
ocasiões. O Senhor chama-os e, sem hesitar, eles abandonam tudo e põem-se a
caminho. Depois, o Senhor envia-os pelo mundo e diz-lhes: «Curai os doentes,
ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios...» (Mt
10, 8) e eles não ficam surpreendidos!
Talvez nos
falte um pouco de fé. Jesus di-lo no Evangelho que é proclamado hoje: «Se tivésseis
fé como um grão de mostarda…». Sim, o Senhor está empenhado em fazer grandes
coisas connosco e através de nós, mas temos de confiar n’Ele, como os Apóstolos
e acreditar firmemente que Ele pode e vai realizar essas grandes e belas obras.
Nós, como os Apóstolos
o fazem no Evangelho de hoje, podemos pedir ao Senhor: «Aumenta a nossa fé!» Ou
como disse noutra ocasião o homem que Lhe pediu a cura do seu filho: «Acredito!
Ajuda-me na minha falta de fé!» (Mc 9, 24).
Sim, o Senhor
pede-nos coisas grandes, que muitas vezes ultrapassam as nossas capacidades,
mas não nos deixa sozinhos, não nos abandona. Ele conhece a nossa pobreza e os
nossos limites, e é por isso que vem ao nosso encontro. Porém, temos de
acreditar que Ele pode fazê-lo e que tu e eu também podemos fazê-lo com Ele.
Jesus confia à
Igreja uma tarefa enorme: ir por todo o mundo! Até aos confins da terra! A
missão é uma aventura bela e impressionante, mas só pode ser levada a cabo
confiando na graça de Deus.
O grande
perigo e a grande tentação do missionário, do apóstolo, é confiar em si mesmo,
colocar a esperança dos frutos nas próprias condições e nos próprios talentos,
mas a salvação não está aí, mas em Cristo que nos dá tudo.
Por isso
devemos pedir ao Senhor que faça de nós homens e mulheres de fé, de fé
profunda. Assim, quando surgirem as dificuldades e as adversidades, que sem
dúvida virão, poderemos continuar o caminho com esperança, optimismo e alegria.
São Paulo, no
texto da Segunda Carta a Timóteo que hoje lemos na Santa Missa, diz-nos:
«Não te envergonhes de dar testemunho de nosso Senhor. [...] Mas sofre comigo
pelo Evangelho, confiando no poder de Deus.» Não tenhamos medo, mas reacendamos
a nossa fé, o fogo da graça de Deus. Nada nem ninguém nos impedirá de levar a
bom termo o que o Senhor nos confiou e, então, diremos, como nos ensina Jesus: «Somos
inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer» (Lc 17, 10).
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