Terça-feira, 28 de Outubro de 2025
XXX Semana do Tempo Comum – Ano Ímpar (I)
Santos Simão e Judas,
apóstolos – FESTA
Ef 2, 19-22; Sl 18; Lc 6, 12-16
[1]Por ocasião da festa dos Santos Simão e
Judas, as leituras de hoje pintam um quadro belo e poderoso daquilo que somos
chamados a ser, não como indivíduos isolados, mas como uma comunidade viva, que
respira, construída sobre o fundamento da fé. Tal como o universo proclama
silenciosamente a glória de Deus, também nós somos chamados a deixar que as
nossas vidas falem do Seu amor, não só dentro dos muros da nossa igreja, mas em
todos os cantos das nossas vidas, chegando àqueles que ainda não ouviram a Boa Nova.
No Evangelho, Jesus, depois de uma noite de oração, fonte da Sua missão,
escolhe os Seus doze Apóstolos, entre os quais estão Simão e Judas. Este acto
sublinha a verdade fundamental de que a missão é comunhão.
É importante notar que os
doze Apóstolos não eram pessoas perfeitas: eram pescadores, cobradores de
impostos, indivíduos com diferentes origens e, certamente, com opiniões muito diferentes.
No entanto, Jesus viu neles o potencial para serem os pilares da Sua nova
comunidade, uma comunidade que levaria a Sua mensagem de amor e salvação até
aos confins da terra.
Isto leva-nos ao
discipulado missionário, pelo qual somos chamados e enviados a partilhar a Boa Nova,
não como pregadores perfeitos, mas sendo nós próprios, procurando mostrar o
amor e a bondade. Não somos enviados sozinhos. Fazemos parte de uma comunidade
maior, o Corpo de Cristo, e a nossa missão é reforçada e sustentada pela nossa
comunhão com Deus e uns com os outros. As nossas paróquias, as nossas pequenas
comunidades cristãs, as nossas famílias são as redes vitais em que nos apoiamos
e encorajamos mutuamente na nossa missão partilhada. Avançamos juntos,
testemunhando o amor de Deus através das nossas palavras e acções, da nossa
oração partilhada e do nosso apoio mútuo.
Por isso, assumamos o nosso
papel de pedras vivas, imitando os santos Simão e Judas que hoje celebramos,
que partilharam o amor de Deus de formas únicas, apoiando-se mutuamente, em
comunhão, e sempre com a alegre esperança de que Deus está a construir algo de
belo. Lembremo-nos de que cada acto de bondade, cada palavra de encorajamento,
cada esforço para construir a justiça e a paz é um tijolo na casa de Deus, um
testemunho da esperança que nos anima. Vamos em frente, inspirados pelo exemplo
de Jesus e capacitados pelo Espírito Santo, para sermos discípulos missionários
que, através das nossas vidas vividas em comunhão, levam a luz de Cristo e a
esperança inabalável do Evangelho a todos. Amén.
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