“Quem é o meu próximo?” (Lc 10, 29)
Senhor, abri os nossos corações
para aqueles que não vemos
Passagens adicionais da
Escritura
Rm 13, 8-10
Sal 119, 57-63
Reflexão
O doutor da lei queria se
justificar, esperando que o próximo a quem ele é chamado a amar fosse alguém de
sua própria fé e de seu próprio povo. Esse é um instinto humano natural. Quando
convidamos pessoas para nossa casa, geralmente são pessoas que compartilham
nosso status social, nossa visão da vida e nossos valores. Há um instinto
humano de preferir lugares de familiaridade. Isso também se aplica às nossas
comunidades eclesiásticas. Mas Jesus conduz o doutor da lei, e o seu público
mais amplo, para além da sua própria tradição, lembrando-os da obrigação de
acolher e amar a todos, independentemente da religião, da cultura ou do status
social. O Evangelho ensina que amar aqueles que são como nós não é algo
extraordinário. Jesus nos orienta para uma visão radical do que significa ser
humano. A parábola ilustra de maneira muito visível o que Cristo espera de nós
- que abramos nossos corações e caminhemos no seu caminho, amando os outros
como ele nos ama. De fato, Jesus responde ao doutor da lei com outra pergunta:
não é “quem é meu próximo”, mas “quem provou ser um próximo para o homem
necessitado?” Nossos tempos de insegurança e de medo nos confrontam com uma
realidade na qual a desconfiança e a incerteza estão em primeiro plano nos
relacionamentos. Esse é o desafio da parábola de hoje: para quem eu sou um
próximo?
Oração
Deus de amor, que infundis o amor
em nossos corações, dai-nos a coragem de olhar além de nós mesmos e ver o
próximo naqueles que são diferentes de nós, para que possamos realmente seguir
a Jesus Cristo, nosso irmão e nosso amigo, que é Deus, pelos séculos dos
séculos. Amém.
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