Votos de D. Manuel Felício para 2012

Bispo da Guarda deseja fortalecimento do tecido social

O bispo da Guarda deseja que, no próximo ano, haja em Portugal o “fortalecimento do tecido social” e que a sua Diocese seja “cada vez mais comunidade de fé”.

“Para a Diocese formulo que sejamos cada vez mais comunidade de fé, apostada em seguir os caminhos de Jesus Cristo para serviço da comunidade humana. E, se formos comunidade humana e de fé fortemente apostados em seguir os caminhos de Jesus Cristo, com a novidade do estilo de vida que ele levou, e que ele nos propõe, que tem as marcas da sobriedade, da solidariedade, da defesa de valores fundamentais como os da família, nós vamos progredir como Diocese e prestar o melhor serviço à comunidade humana”, afirmou D. Manuel Felício ao Jornal A Guarda.

Quanto à comunidade em geral, para o ano de 2012, desejou: “Queria que houvesse cada vez uma maior aproximação dos líderes e dos que são liderados, no sentido de, com projectos comuns, podermos avançar um fortalecimento do tecido social, que está muito rompido como todos nós vemos. E, na medida em que fortalecemos esse tecido social, nós vamos dar novas razões de esperança à nossa comunidade e às pessoas em geral, que é o que lhes falta, neste momento”.

Entretanto, numa altura em que está em discussão a rede de Maternidades, e o possível encerramento de duas das três Maternidades da Beira Interior (Guarda, Covilhã e Castelo Branco) o prelado Diocesano disse ao Jornal A Guarda que deseja que o serviço continue na cidade mais alta do País. “Eu desejaria que ela ficasse na Guarda, mas não quero substituir a responsabilidade daqueles que estão à frente destes três centros, onde incluo um quarto, que é Viseu, que pertence também à nossa área”, declarou. Acrescentou dizendo que “gostava de ver os responsáveis destas unidades a dialogarem entre si, e a porem em comum projectos e a verem como é que se podem distribuir por estas distintas unidades os diferentes serviços, para termos serviços de qualidade e acessíveis a todos”. “Ainda não vi que esse diálogo tenha sido feito e tenho perguntado várias vezes por ele. Não sou técnico, gostaria que ela [Maternidade] ficasse na Guarda. Não sei se essa é a melhor solução técnica. Aos técnicos peço que reflictam sobre isso, comuniquem à tutela e que a tutela, com responsabilidade, decida”, referiu.

Na opinião de D. Manuel Felício, que falava ao Jornal A Guarda na sexta-feira, dia 23 de Dezembro, no dia em que visitou os reclusos do Estabelecimento Prisional da Guarda, antes da decisão sobre o futuro dos blocos de partos ocorre um “processo longo” que envolve “consulta às unidades técnicas, às populações e responsáveis pelas populações”.

Já sobre a mensagem que deixou aos reclusos da Cadeia da Guarda, afirmou: “Se este tempo for oportunidade para eles recuperarem o entusiasmo, se formarem para o reencontro com a vida social, podem ter aqui a oportunidade de relançar a sua própria vida para serviço à comunidade”.

in Diocese da Guarda

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