“Missão sempre
e em todas as frentes”
Na sua mensagem para o 89º
dia mundial das missões que se vai celebrar a 18 do mês de outubro próximo, o
Papa Francisco começa por nos lembrar que a dimensão missionaria pertence à própria
natureza da Igreja e mais adiante acrescenta: “Quem segue a Cristo não pode
deixar de se tornar missionário”.
Sim, de facto, ser
missionário faz parte do estatuto de ser cristão, isto é, discípulo de Cristo e
por ele enviado do centro para as periferias para aí testemunhar e anunciar a
boa notícia do Evangelho. Este ano, em que celebramos 50 anos passados sobre a
aprovação do decreto conciliar sobre a atividade missionária da Igreja, o “Ad
Gentes”, e 5 anos desde que a Conferência Episcopal Portuguesa aprovou uma
carta pastoral sobre a responsabilidade missionária de todas e cada uma das
nossas comunidades cristãs, com o título “Como eu fiz fazei vós também”,
desejamos viver este outubro missionário e o próximo dia mundial das missões
centrados nesta nossa responsabilidade missionária, que é transversal a todos
os cristãos e comunidades cristãs.
As últimas jornadas missionárias
nacionais realizadas em Fátima apontaram-nos o caminho da criação de centros
missionários diocesanos, para o exercício desta responsabilidade, os quais, por
sua vez, se hão de preocupar com a criação de núcleos missionários em cada
paróquia ou outras comunidades de Fé. E nas suas conclusões as mesmas jornadas
insistem na necessidade de que as dioceses entrem em dinamismo de partilha de
pessoas e bens para dar cumprimento à sua responsabilidade missionária.
Desejo lembrar que a nossa diocese da Guarda, através
da Liga dos Servos de Jesus, está presente em Angola, na Diocese de Sumbe, com
um Centro Missionário, a Missão “D. João de Oliveira Matos”.
Queremos, nesta hora, também
dirigir uma prece especial ao Senhor, ao longo de todo este Outubro Missionário,
para que nos ajude a discernir os melhores caminhos para fazer deste Centro Missionário
um instrumento de partilha de pessoas e
bens com o mundo da missão “ad gentes” que, de facto, é o espaço onde se
encontra a missão “D. João de Oliveira Matos”, na Angola profunda, longe de
tudo e de todos, mas próxima daqueles que mais precisam.
Desejo ardentemente que esta
seja uma das formas de nós, Diocese da Guarda, respondermos ao apelo de saída
para as periferias que o Papa Francisco insistentemente nos faz.
Guarda, 22 de setembro de 2015
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