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26 dezembro 2008
Tenho fome
Infância Missionária 2009
Como sempre, o dia da Infância Missionária é celebrado no dia da Epifania do Senhor, dia 4 de Janeiro.
Quais os seus objectivos? Muito sucintamente, apresentamos alguns:
a) Formar as crianças e adolescentes para a abertura universal, a fim de olharem mais além das fronteiras; formá-las para o serviço e doação de si e convidá--las a considerar sua possível vocação missionária;
b) Levá-las a rezar pelas missões e por todas as crianças de perto e de longe, unindo-se às intenções do Papa;
c) Incentivá-las a oferecerem pequenos sacrifícios, através de pequenas renúncias, como meio de partilhar da acção salvadora de Jesus;
d) Ajudá-las a partilhar os bens materiais, em espírito de solidariedade cristã.
18 dezembro 2008
Mensagem de Natal do Bispo da Guarda

Este Imperador tinha decretado um recenseamento e cada cidadão era obrigado a dirigir-se à sua terra de origem para aí se recensear. Foi o que aconteceu a José, esposo de Maria, que estava para dar à luz.
Por isso, o Menino nasceu nas cercanias de Belém de Judá, fora da cidade, onde não houve lugar para o acolher, numa casa normal. Este Menino foi adorado pelos pastores das redondezas, em nome das gentes pobres e simples e, mais tarde, pelos sábios ou magos, vindos do Oriente guiados por uma Estrela. Estes representam a ciência que investiga os segredos da história e da natureza, para bem da Humanidade; simbolizam também o poder instituído que procura os melhores caminhos para dar rumo certo às populações que lhes estão confiadas.
Jesus nasceu, assim, no coração da pobreza representada pela manjedoira dos animais e no meio dos pobres representados pelos pastores da cercania de Belém. É que Ele veio, de facto, para se colocar ao lado dos pobres e excluídos e para lhes abrir caminhos novos de combate à pobreza e à exclusão. Por isso anunciou uma humanidade nova e um Reino Novo, onde há lugar para todos e onde os últimos são os primeiros.
Esta lição do Natal é a receita de que continuamos a precisar para combater a grave crise social em que estamos mergulhados. De facto cresce o número de pobres e excluídos; aparecem novas formas de pobreza que se manifestam em pessoas, grupos de pessoas e também em regiões desfavorecidas como a nossa. Os sintomas da grave crise que atravessamos são muitos.
São o desemprego e o emprego precário, por causa das condições de inviabilidade que afectam muitas das nossas empresas e desincentivam a criação de outras.
É o analfabetismo, sobretudo entendido como incapacidade generalizada de as pessoas tirarem partido dos conhecimentos adquiridos para entrarem no processo geral do desenvolvimento. Infelizmente existe também marginalidade nos nossos meios; marginalidade ligada a hábitos e a formas de cultura que não se adaptam ao quadro das leis vigentes ou não prevenida através de uma educação bem conduzida.
A solidão, determinada principalmente pelo crescente número de idosos nos nossos meios e a necessidade de seus familiares mais próximos partiram para outras terras à procura das condições de vida que aqui não têm, é outro factor preocupante; uma solidão que cresce também e se prolonga na vida de outras pessoas que se isolam e cortam as relações mais elementares com a família, os amigos e as suas tradições de origem, quase sempre porque lhes são fechadas todas as portas normais de acesso à integração social.
Estas quatro novas formas de pobreza são apenas alguns dos sintomas da realidade social dos nossos meios que estão a pedir medidas eficazes para corrigir o processo de empobrecimento progressivo das nossas gentes.
Fazemos votos para que este Natal toque o coração de todos os responsáveis pela condução da nossa vida social, os que pertencem aos quadros da administração pública central e local e também os que representam a sociedade civil organizada em corpos intermédios. Que a boa e eficaz colaboração de todos leve a luz de Belém ao encontro de todas as pessoas e suas famílias. Assim daremos cumprimento aos votos generalizados de Natal Feliz e Próspero Ano Novo, a que estamos habituados nesta quadra do ano.
Desejo um Santo e Feliz Natal para todos.
Guarda, 16 de Dezembro de 2008
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda
03 dezembro 2008
NOVO EMAIL - Guard'África
Por motivos alheios a nós, o email anterior do grupo GUARD'ÁFRICA fica sem efeito. Depois de se autobloquear, nunca mais conseguimos aceder. Assim, pedimos desculpa pelo incómodo e deixamos aqui o novo email através do qual nos podem contctar e para o qual podem enviar os vossos pedidos de informações e pedir a nossa colaboração para tudo o que estiver ao nosso alcance.
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S. FRANCISCO XAVIER, Padroeiro das Missões

Para meditar...
Da Primeira Carta de S. Paulo aos Coríntios «Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não anunciar o Evangelho! Se o fizesse por minha iniciativa, teria direito a recompensa. Mas, como não o faço por minha iniciativa, desempenho apenas um cargo que me está confiado. Em que consiste, então, a minha recompensa? Em anunciar gratuitamente o Evangelho, sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere. Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens.»
Uma oração a S. Francisco Xavier

Amém!
Um pouco da vida de S. FRANCISCO XAVIER in Diocese de Itaguaí
Sabemos que o nome pode ser uma simples maneira habitual para se referir a uma pessoa. Contudo, o nome pode ser algo que define a identidade de um ser humano, diferentemente de todos os outros: únicos e original. Diz o ditado latim: nomem est omem - o nome é o homem.
Dessa intuição derivam duas atitudes possíveis dos xaverianos e de seus amigos diante dos 500 anos do nascimento de São Francisco Xavier, padroeiro das missões e dos xaverianos. Poderíamos entender esse evento como um simples aniversário, um fato convencional. Afinal, o que pode mudar neste ano de 2006 em relação aos anos anteriores?
Poderia também se transformar numa ocasião propícia para conhecer melhor esta grande pessoa que marcou a história da missão, da igreja e da sociedade, não apenas de seu tempo. Mas também dos séculos a seguir. Particularmente, pode ser mais uma vez a ocasião para questionar-nos sobre nós mesmos e sobre a missão que nos desafia e que nos desafia e que nos foi confiada.
XAVIER, MISSIONÁRIO MODELO
Com certeza, os tempos mudaram radicalmente. As motivações que animaram São Francisco Xavier e certas maneiras de fazer missão da sua época, hoje não podem mais ser propostas. Apesar disso, não mudou a necessidade das pessoas de conhecer o verdadeiro Deus, como somente Jesus pode nos fazer conhecer. Não mudou a disponibilidade em acolhê-lo. Quando Deus Pai é anunciado.
Não mudou também o instrumento fundamental para este anúncio: o testemunho da vida mais do que das palavras. O encontro com Jesus Cristo, com efeito, muda radicalmente a vida daquele que o anuncia, enchendo-a de sentido. Não é por nada que São Francisco Xavier teve que passar ele também por uma conversão profunda e arrebatadora.
SEU GRANDE ARDOR
Deveríamos lembrar tudo o que ele fez e padeceu para dilatar o Reino de Deus. Poderíamos dizer com uma palavra, que descreve a característica principal de Francisco Xavier: seu grande ardor missionário. Ainda hoje causa admiração sua incansável atividade, do jeito com o qual em onze anos conseguiu visitar tantos países, com meios de transportes precários e no meio de tantos perigos, fundando tantas comunidades cristãs que souberam resistir aos desafios dos tempos.
Assim Xavier escrevia depois de uma tempestade em alto mar: "pedi a Deus nosso Senhor que se saísse com vida daquela tempestade, fosse somente para poder enfrentar outras tempestades ainda mais fortes, para o seu maior serviço". Além desses perigos e fadigas, existiam as desilusões, os entraves, os enganos dos próprios cristãos - os colonos e os mercadores portugueses - com seus maus exemplos. A esse respeito ele denunciava: "É por causa deles que não avançamos".
NÃO ERA UM AVENTUREIRO!
São Francisco Xavier não era um aventureiro. Não eram as riquezas que procurava e nem o sucesso na vida. Não era impelido pela disposição turística de viajar e nem pelo simples desejo cultural de conhecer outros povos . "viver sem alegrar-se de Deus não seria uma vida, mas uma morte contínua", afirmava em uma de suas cartas. O que sustentava sua atividade missionárias era o amor a Deus, percebido e cultivado.
Uma testemunha o descreveu deste modo: "Durante o dia pertencia inteiramente aos homens. À noite pertencia inteiramente a Deus". Mais uma vez, também para o missionário, aparece clara a lei fundamental da vida Cristã: não se pode amar totalmente os homens, os pobres especialmente, se esse amor não é alimentado e sustentado pelo amor de Deus.
A influência positiva que São Francisco Xavier nos países onde viveu e trabalhou foi imensa. Durante os séculos, seu testemunho atraiu muitas pessoas a imitar seu exemplo, dedicando toda a vida à pregação do Evangelho aos povos. A relevância de sua atividade foi reconhecida não só pela igreja, mas também pela sociedade civil.
FRANCISCO XAVIER E CONFORTI
Nós xaverianos nos perguntamos: porque Dom Guido Maria Conforti, nosso fundador, quis nos dar este nome e não um outro? Porque não quis que nos chamássemos "confortinos", perpetuando dessa maneira o nome dele como aconteceu com muitos institutos religiosos e missionários? Ele quis que nos chamássemos "Pia Sociedade de São Francisco Xavier", o que mais tarde se tornou "Missionários Xaverianos".
Dom Guido Maria Conforti assim escrevia nas constituições que nos deixou no mesmo ano de sua morte (1931): nossa congregação "toma o nome e inspiração do glorioso apóstolo das Índias". Poucas palavras, segundo a linguagem então em uso na época para as constituições. Para nós xaverianos são palavras importantes. Num outro trecho das mesmas, ele convida os missionários a ter "uma especial devoção por São Francisco Xavier e pelos Apóstolos, que tanto trabalharam e sofreram e ainda trabalham e sofrem pela dilatação do Reino de Deus; considerando-os como notáveis modelos a serem imitados e intercessores poderosos diante de Deus". Inspiração e modelo, portanto.
O MISSIONÁRIO VERDADEIRO É O SANTO
Pode-se entender porque o nosso fundador quis nos dar o nome desse santo missionário. Queria nos dizer que para ser missionários e missionárias inteiramente dedicados à missão, nós devemos ser inteiramente de Deus. É o que nos ensinou o papa João Paulo II na encíclica Redemptoris Missio, escrevendo: "o verdadeiro missionário é o santo".
É também por isso que o Bem-aventurado Conforti quis seus missionários como "consagrados" na vida religiosa. A missão é um tarefa tão superior às forças humanas que pode ser somente obra de Deus. Ser "consagrados" quer dizer isso: colocar-se a disposição de Deus totalmente, para que seja ele a agir através de nós.