13 outubro 2025

Dia 13 - outubro missionário 2025

Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025

XXVIII Semana do Tempo Comum – Ano Ímpar (I)

Rm 1, 1-7; Sl 97; Lc 11, 29-32

O Evangelho de hoje trata de uma questão que foi levantada por alguns no meio da multidão, os quais queriam pôr Jesus à prova e pediam-Lhe um sinal do céu (11, 16). Jesus, primeiro, rebateu as reacções da multidão após o exorcismo, depois bendisse o louvor da mulher e, então, retomou o discurso para reprovar os pensamentos da «geração perversa». Este é um daqueles momentos em que o Senhor demonstra pouco interesse pela multidão, pois conhece os seus pensamentos e intenções. Aquela multidão viu o exorcismo, ouviu o Seu discurso, mas não deu ouvidos à Sua palavra; pelo contrário, exigiu até que Ele lhe obedecesse, exibindo-Se com sinais.

A busca da multidão por um sinal foi acompanhada pelo desejo de submeter Jesus a uma prova. Eles viram o poder de Deus em Jesus, mas não acreditaram. Quando confiamos em Deus, não Lhe pedimos mais provas. A necessidade de provas reflecte a fragilidade da fé de muitas pessoas. Assim, no-lo recorda o Papa Francisco: “Jesus tudo entregava a Deus Pai, obedecendo com total confiança ao Seu projecto salvífico em favor da humanidade, um projecto de paz por um futuro repleto de esperança (cf. Jr 29, 11)” (Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2025). O cristão, portanto, é um imitador de Jesus, pela entrega confiante à vontade do Pai, sinal de fé verdadeira e de conversão à Sua palavra. Como Paulo, na saudação da Carta aos Romanos (cf. Rm 1, 1.5), recorda o Evangelho de Deus anunciado desde sempre pelos profetas, e que nós, pela fé obediente, temos a missão de anunciar a todas as nações, pois a verdadeira sabedoria é converter-se ao anúncio (1 Cor 1, 21).

A partir do sinal de Jonas, Jesus estabelece um julgamento escatológico; as Suas palavras já configuram uma condenação contra aquela multidão, definida como «geração perversa». Aquela que fora a pregação de Jonas para os ninivitas corresponde às palavras de Jesus para aquela multidão; a referência é a proclamação do profeta de uma severa advertência à cidade (Jn 3, 4). Jesus mesmo explica o julgamento sobre a geração actual, que escuta, mas não observa a Sua palavra. De acordo com a tradição judaica, Israel julgaria as nações no fim dos tempos. No julgamento anunciado por Jesus, será uma estrangeira, a rainha do Sul, que condenará aquela geração (1 Re 10, 11-12). Mais ainda: a ela se juntarão os habitantes de Nínive, que se converteram com a pregação de Jonas (Jn 3, 5-10). Evidencia-se a universalidade da salvação, quando os povos acolherão alegremente o anúncio que Israel rejeitou.

Pela escuta e pela prática das palavras de Jesus, a comunidade de fé configura-se como destinatária e emissária da salvação para o mundo. De facto, “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração” (Gaudium et spes, 1).


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