Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025
XXVII Semana do Tempo Comum – Ano Ímpar (I)
S. Daniel Comboni – MO
Jl 1, 13-15–2, 1-2; Sl
9; Lc 11, 15-26
O pano de
fundo da primeira leitura de hoje é o facto de as colheitas terem sido
devastadas por uma praga dos gafanhotos. A comida era praticamente inexistente
e as pessoas não sabiam literalmente de onde viria a sua próxima refeição. O
profeta viu a praga não só como um castigo pelo pecado, mas também como um
aviso de que um dia Deus viria julgar. Nesse grande dia, todo o mal seria
destruído.
Enquanto o
povo passava fome, o profeta teve a coragem de dizer ao povo para ter uma visão
mais ampla da realidade. Ele era tão corajoso e estava tão convencido da
verdade que estava a dizer ao povo que a fome não era o grande mal. O
verdadeiro mal era estar contra Deus. É por isso que ele os chama ao
arrependimento, a voltarem-se para Deus e a serem o Seu povo fiel. Aprendei uma
lição, disse o profeta, com a praga dos gafanhotos. Se achais que é mau passar
fome, disse ele, será muito pior sofrer o afastamento de Deus no último dia.
É compreensível que se pense que
não é necessário recorrer a tácticas de medo para manter a lealdade. No
entanto, também nós podemos aprender com o profeta Malaquias. Trata-se de uma
lição de perspectiva. Muitas vezes, é forte a tentação de nos concentrarmos
exclusivamente nos problemas quotidianos, o que pode levar a um sentimento de
desânimo. É fundamental compreender que o verdadeiro mal é o pecado que nos
separa de Deus.
Nesta perspectiva, a maior parte
dos nossos problemas, que não são tão graves como passar fome, deveriam parecer
menos importantes. O que realmente importa é estar do lado de Deus, vivendo
como filhos confiantes e amorosos de Deus.
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